quarta-feira, 18 de julho de 2007

Tema de hoje: Carregando o que já foi deixado para trás


Como trilheiro espiritual, vos digo: “O primeiro pecado vence a vergonha, o segundo a dissimula, o terceiro a perde”. certa vez encontrei-me com dois sábios numa estalagem à beira do caminho Ao-Shu-man. Depois de algumas canecas de um primoroso e geladíssimo suco de cevada entramos nos assuntos mais esotéricos e filosóficos que já imaginei. “Imagine você, caro Heitor, analisar qual é o maior ou menor pecador que está ao seu lado”, disse um. “Ora, o maior pecador é aquele que comete o pecado mas não usufrui de suas benesses”, respondi. Atônitos, se calaram. Meu irmão, minha irmã, não se deixe levar pelas palavras capciosas dos sábios de má-fé. Ao tomarem alguma atitude que aparentemente seja pecaminosa, simplesmente esqueçam. A perpetuação das lembranças de atos que gostaríamos de fazer, como por exemplo, desfrutar de uma linda mulher a bordo de uma Ferrari 430 Spyder, é ignóbil e demonstra o despreparo em alcançar o nirvana divino oportunista. Faça e esqueça. Nós, “magos”, nunca lembramos de nada após uma agradável noitada em nosso chateau, acompanhado por um delirante vinho francês. Carregáveis e deixáveis são os caminhos da iluminação.

Direto de Veneza, Itália: A imagem acima é de uma seguidora de outra seita tentando este mago com suas curvas sinuosas e um bólido fabricado por uma montadora desconhecida. Ela queria me convencer a mudar de marca e abandonar a Ferrari. Isso tudo logo após de proferir a palestra "Deixando os pecados tântricos nirvânicos, uma abordagem heterodoxa pecaminosa sobre a importância da aquisição de recursos dicotômicos dialéticos", para 1.500 empresários italianos. Aos que desejam ter seu blog linkado, nessa casa espiritual, se manifestem. É de graça. Consultas oraculares podem ser enviadas por e-mail para heitorcaolho@gmail.com ou deixadas nos comentários.

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