sexta-feira, 3 de maio de 2013

Tema de hoje: "Do preço relativo"

Como trilheiro espiritual, vos digo: "Antes de calcular o preço venal de compra daquele facilitador do caminho, deves calcular oportunisticamente o preço da venda de benesses esotéricas". Em meus caminhos pelos mais distantes montes tibetanos sempre procurei, dentro do razoável, observar os caminhantes em suas transações diárias. Em locais ermos é difícil encontrar duas pessoas que não queiram trocar alguma coisa. Afinal, a necessidade faz a ocasião, diriam os sábios monges. Um bode pode valer mais do que uma Ferrari FF, por exemplo. Uma côdea de pão mais do que uma noite no Hitz de Paris. Um simples gole de água, na época de seca, valeria mais que uma adega repleta de Romani-Conti. Vale então, ao verdadeiro peregrino de fé, estudar bem o caminho pelo qual passará para, de posse de produtos valiosíssimos aos olhos da plebe, encontrar aqueles dispostos a qualquer negócio. Este é um aprendizado importante, ao assumir um posto em uma de nossas filiais da Hector Hereeye Foundation o membro terá muitas chances de trocar a cura espiritual por maços e mais maços de dólares, euros e mesmo yuans. Do alpendre de meu chateau ergo um brinde aquele desesperado que entregou-me minhas caixas de valioso vinho francês, o tal Romani-Conti. Precificados e relativos são os caminhos da iluminação. Berna, Suíça: Na imagem acima o símbolo cármico que ornou a entrada do salão onde proferia a palestra "É se livrando do materialismo dialético é que se recebe a benção esotérica oportunista", para 1.500 empresários que vieram pessoalmente depositar fundos por aqui.