sábado, 30 de agosto de 2008

Tema de hoje: Do cristal e do espelho


Como trilheiro espiritual, vos digo: "O melhor espelho é o olhar de um doador generoso e abonado". Todo caminhante de fé deve investir em sua apresentação pessoal. Seu asseio, seu linguajar e sua solicitude são o melhor cartão de visitas quando busca recursos inesgotáveis. É claro, meu irmão, minha irmã, que rodar com sua Ferrari 599, ou estar presente em inúmeros cruzeiros pelo Caribe, também ajuda. Mas nada de suntuosidade. Isso é um pecado mortal para aqueles que procuram a ajuda do divino nirvânico, intimida. Nós, "magos", mantemos a simplicidade de nosso chateau não por comodismo, mas por necessidade. O vinho francês que bebemos é apenas um contra-ponto. Cristalinos e espelhados são os caminhos da iluminação.

Direto de Gränna, Suécia: Na imagem acima uma peregrina exercita seu eu interior e seus desejos ocultos após uma aula de tântrismo dialético na filial local da Hector Hereeye Foundation. Logo após proferi a palestra "Cristalizando negociações dicotômicas, uma abordagem esotérica e fiscal das doações materiais", para 1.500 empresários suecos. Juntem-se a nós.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Tema de hoje: Do pecado nirvânico


Como trilheiro espiritual, vos digo: "Mais vale um pecador dialético do que um virtuoso empobrecido". O caminhante de fé deve ficar atento às tentações. Já falamos aqui sobre o pecado, mas gostaria de reforçar que aquele que peca pela avareza, não transferindo todo o montante doado pelo abonado e generoso doador, merece as penas infinitas do inferno dicotômico. Meu irmão, minha irmã, o pecado existe, ao presenciá-lo, denuncie-o. Nada mais triste do que cair junto com o pecador nas malhas da lei divina nirvânica. Nós, "magos", contratamos empresas insuspeitas para auditar nossas contas e identificar desvios. Isso garante a tranquilidade do happy hour em nosso chateau, desfrutando de uma inocente taça de vinho francês. Pecaminosos são os caminhos da iluminação.

Direto de Marijampolė, Lituânia: Na imagem acima vemos a Ferrari de um de nossos ex-associados que caiu em tentação. No mesmo dia encontrava-me há milhares de quilometros de distância proferindo a palestra "Os caminhos tortuosos da análise contábil, uma abordagem espiritual da auditoria fiscal", para 1.500 empresários lituanos.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Tema de hoje: Do conhecimento


Como trilheiro espiritual, parafraseando um dos maiores ícones do esoterismo mundial, Jesus Apócrifo, vos digo: "Não deixe que alguém sem fé e escrupulos segure as chaves do conhecimento que pode te libertar nirvanicamente, que pode transformar sua vida dialética". Meu irmão, minha irmã, os ensinamentos esotérico oportunistas, pregados nesse espaço internético e em todas as filiais regionais da Hector Hereeye Foundation, são gratuitos. Apenas sugerimos gentilmente que potenciais e abonados beneficiários desses ensinamentos doem uma parcela significativa de seus rendimentos para que possamos continuar nosso trabalho de fé e pregação. Esse é o grande trabalho daqueles que vivem em comunhão com o divino nirvânico. Ninguém vive de vento. Somente desfrutando de um belíssimo por-do-sol que nós, "magos", entendemos que nosso chateau e os saborosos vinhos franceses que bebemos são uma parte do mistério dicotômico. Conhecidos são os caminhos da iluminação.

Direto de New York, Estados Unidos: Na imagem acima uma peregrina demonstra o prazer do saber tântrico ministrado por este escriba. Logo após proferi a palestra "O conhecimento sábio sapiencial, uma abordagem pragmática da transferência de recursos em troca de informações privilegiadas" para 1.500 empresários norte-americanos.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Sabedoria de Maquiavel - Os Direitos Humanos do Príncipe

Embora a Hector Hereeye Foundation tenha sempre se mantido à distância de debates estéreis, do tipo “discutir o sexo dos anjos”, não tem hesitado, porém, em fazer justiça às personalidades incompreendidas da História.

Maquiavel, por exemplo, foi tido como sábio e também um tropeço para alguns.

Na verdade, Maquiavel tinha sérios problemas para aparecer em público e foi desdenhado pelos que zombavam da sua estatura física – pois, por conta de um distúrbio genético, atingiu o porte físico de dois metros e vinte (2,20m). Ele se identificava filosoficamente com o gigante Golias, aquele que, de acordo com a lenda, morreu com uma pedrada desferida por Davi.

Maquiavel quase não foi visto pelo povo de sua época. Os soberanos absolutistas o reinventaram, fazendo transitar no meio da sociedade um obscuro cidadão de porte mediano que assumiu ser esse controvertido filósofo - para aparições públicas.

Maquiavel escreveu muitas coisas que não apareceram para o mundo, pois os soberanos e a nobreza resolveram tirar proveito apenas daquilo que lhes foi conveniente. Ele deixou anotações onde, entre outras coisas, afirmava ter pesadelos nos quais assistia ao embate entre Davi e Golias.
Nesses pesadelos noturnos, Maquiavel tinha conversas com uma pretensa testemunha ocular da lendária luta entre Davi e Golias – aparição essa que se dizia de nome “Edridon”.




Edridon apareceria, então, como o primeiro a levantar uma bandeira daquilo que hoje conhecemos como direitos humanos. Essa figura misteriosa teria sido (nos tempos dos guerreiros bíblicos) o único dentre os próprios israelitas a questionar o guerreiro Davi como sendo uma espécie de matador inescrupuloso.

Para Edridon, que supostamente presenciou tudo, Golias era portador de um distúrbio do crescimento semelhante àquele que no futuro atingiria pessoas como o próprio Maquiavel. Isso tornaria Golias uma espécie de gigante retardado e bobão, comportamento esse que teria sido confundido com agressividade.

Transcrevo, agora, alguns pensamentos de Maquiavel, jamais antes revelados.

Julgue você mesmo, meu irmão ou minha irmã.
- "Se um plebeu vier te pedir o peixe, melhor que o vendas como escravo a algum barco pesqueiro".
- "Quanto àquele que com ferro ferir, deverás treiná-lo na arte de forjar o aço das adagas".
- "Se um plebeu for flagrado mentindo a outro de sua espécie, deverás indicá-lo ao Concílio para ser nomeado sacerdote pela Corte".
- "Ao lavrador que cedo madruga deverás pedir que não tranque a porta dos fundos da casa onde habita, até que a tenhas vistoriado pessoalmente".
- "Todo aquele que é contumaz em semear os ventos da discórdia deverá ser nomeado o gestor das apostas nos jogos de azar mantidos pela Corte, para evitar ao máximo que saia de lá ileso qualquer ganhador com os bolsos lotados do vil metal".
- "Sempre descobrirás um santo cuja imagem tenha atraído vultosas doações, para cobrires "o outro", que logicamente é aquele diligente sacerdote comprado que cuida do templo e a quem darás muitos títulos honoríficos perante o Concílio e a Corte".
- "É sempre bom perdoares os excessos dos teus aduladores, pois são a mão-de-obra mais barata nas missões suicidas em tempos de guerra".
- "Em terra de cegos ninguém está de olho no rei".



Neste ponto, meu irmão ou minha irmã, você deve estar se perguntando:
- “era Maquiavel um louco... ou era um defensor dos direitos humanos dos príncipes?”
Ou ainda:

- “como aproveitar os ensinamentos desse sábio?”
É simples.

Se por um acaso você é “o Príncipe” (ou, você irmã, “a Princesa”), na realeza das próprias décadas cheias de perfídia tântrica, aí então você é um gigante e deve ter cuidado com aqueles que lhe irão atrair para aquela armadilha de alcova em busca de um culpado para um casamento desfeito.

Lembre-se de que:

- os filhos justificam os meios-termos com que julgarão você.

Comporte-se como o Príncipe. Algum sutil acusador tentará tirar você do caminho, pois a caminhada dos príncipes é sempre invejada e uma pedrada entre os olhos está sempre iminente.

Você tem os seus direitos humanos perfeitamente justificáveis.

Ao ler (e reler) a obra de Maquiavel, jamais você deixará de aprender algo novo.

Agora, vá e governe.

Afortunadamente, ame!

sábado, 2 de agosto de 2008

Tema de hoje: Da caverna


Como trilheiro espiritual, vos digo: "Se o vento vem de um cofre vazio, isto não aconteceu sem uma razão". Durante minha caminhada esotérica conheci um mestre em meditação dicotômica. Ele passou décadas meditando, sozinho, em uma caverna. Uma vez ao ano ele saia, à entrada de seu local de reclusão, e proferia um ensinamento. No começo, ninguém o ouvia. Mas com o passar do tempo, dezenas, centenas e milhares de peregrinos acorriam, na data, para embriagarem-se com seus profundos pensamentos. No dia que o conheci, ele proferiu uma enigmática palavra: "bigorna", disse simplesmente. Seus olhos pousaram naquele ajuntamento humano e, magnânimo, escolheu-me para compartilhar de seu habitat. A caverna era ricamente decorada e abastecida com o que havia de mais fino na arte gourmet. "Os peregrinos mostraram-se generosos com suas palavras", eu disse. "Não há generosidade e, sim, a justa paga por mostrar, aos que estão na escuridão, a luz no fim do túnel", respondeu. Meu irmão, minha irmã, ao se questionarem sobre o esforço em arrecadar recursos de generosos e abonados doadores ou no valor que tem a aquisição de bólidos esportivos, compra de críticos venais ou adulação de editores gananciosos lembrem-se disso. Nós, "magos", preparamos a iluminação de todos, justo então é desfrutarmos de nosso chateau e dos vinhos franceses que bebemos. Cavernosos são os caminhos da iluminação.

Direto de Brugg, Suíça: Na imagem acima uma peregrina prepara-se para meditar. Ao mesmo tempo proferia a palestra "Os valores humanos e seus cofres dialéticos, uma abordagem dicotômica da riqueza humana", para 1.500 empresários e banqueiros suíços. Juntem-se a nós.