sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Sabedoria de Maquiavel - Os Direitos Humanos do Príncipe

Embora a Hector Hereeye Foundation tenha sempre se mantido à distância de debates estéreis, do tipo “discutir o sexo dos anjos”, não tem hesitado, porém, em fazer justiça às personalidades incompreendidas da História.

Maquiavel, por exemplo, foi tido como sábio e também um tropeço para alguns.

Na verdade, Maquiavel tinha sérios problemas para aparecer em público e foi desdenhado pelos que zombavam da sua estatura física – pois, por conta de um distúrbio genético, atingiu o porte físico de dois metros e vinte (2,20m). Ele se identificava filosoficamente com o gigante Golias, aquele que, de acordo com a lenda, morreu com uma pedrada desferida por Davi.

Maquiavel quase não foi visto pelo povo de sua época. Os soberanos absolutistas o reinventaram, fazendo transitar no meio da sociedade um obscuro cidadão de porte mediano que assumiu ser esse controvertido filósofo - para aparições públicas.

Maquiavel escreveu muitas coisas que não apareceram para o mundo, pois os soberanos e a nobreza resolveram tirar proveito apenas daquilo que lhes foi conveniente. Ele deixou anotações onde, entre outras coisas, afirmava ter pesadelos nos quais assistia ao embate entre Davi e Golias.
Nesses pesadelos noturnos, Maquiavel tinha conversas com uma pretensa testemunha ocular da lendária luta entre Davi e Golias – aparição essa que se dizia de nome “Edridon”.




Edridon apareceria, então, como o primeiro a levantar uma bandeira daquilo que hoje conhecemos como direitos humanos. Essa figura misteriosa teria sido (nos tempos dos guerreiros bíblicos) o único dentre os próprios israelitas a questionar o guerreiro Davi como sendo uma espécie de matador inescrupuloso.

Para Edridon, que supostamente presenciou tudo, Golias era portador de um distúrbio do crescimento semelhante àquele que no futuro atingiria pessoas como o próprio Maquiavel. Isso tornaria Golias uma espécie de gigante retardado e bobão, comportamento esse que teria sido confundido com agressividade.

Transcrevo, agora, alguns pensamentos de Maquiavel, jamais antes revelados.

Julgue você mesmo, meu irmão ou minha irmã.
- "Se um plebeu vier te pedir o peixe, melhor que o vendas como escravo a algum barco pesqueiro".
- "Quanto àquele que com ferro ferir, deverás treiná-lo na arte de forjar o aço das adagas".
- "Se um plebeu for flagrado mentindo a outro de sua espécie, deverás indicá-lo ao Concílio para ser nomeado sacerdote pela Corte".
- "Ao lavrador que cedo madruga deverás pedir que não tranque a porta dos fundos da casa onde habita, até que a tenhas vistoriado pessoalmente".
- "Todo aquele que é contumaz em semear os ventos da discórdia deverá ser nomeado o gestor das apostas nos jogos de azar mantidos pela Corte, para evitar ao máximo que saia de lá ileso qualquer ganhador com os bolsos lotados do vil metal".
- "Sempre descobrirás um santo cuja imagem tenha atraído vultosas doações, para cobrires "o outro", que logicamente é aquele diligente sacerdote comprado que cuida do templo e a quem darás muitos títulos honoríficos perante o Concílio e a Corte".
- "É sempre bom perdoares os excessos dos teus aduladores, pois são a mão-de-obra mais barata nas missões suicidas em tempos de guerra".
- "Em terra de cegos ninguém está de olho no rei".



Neste ponto, meu irmão ou minha irmã, você deve estar se perguntando:
- “era Maquiavel um louco... ou era um defensor dos direitos humanos dos príncipes?”
Ou ainda:

- “como aproveitar os ensinamentos desse sábio?”
É simples.

Se por um acaso você é “o Príncipe” (ou, você irmã, “a Princesa”), na realeza das próprias décadas cheias de perfídia tântrica, aí então você é um gigante e deve ter cuidado com aqueles que lhe irão atrair para aquela armadilha de alcova em busca de um culpado para um casamento desfeito.

Lembre-se de que:

- os filhos justificam os meios-termos com que julgarão você.

Comporte-se como o Príncipe. Algum sutil acusador tentará tirar você do caminho, pois a caminhada dos príncipes é sempre invejada e uma pedrada entre os olhos está sempre iminente.

Você tem os seus direitos humanos perfeitamente justificáveis.

Ao ler (e reler) a obra de Maquiavel, jamais você deixará de aprender algo novo.

Agora, vá e governe.

Afortunadamente, ame!

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