quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Tema de hoje: Do guerreiro ninja


Como trilheiro espiritual, vos digo: "O ninjutsu não é um espetáculo. Uma demonstração pública de ninjutsu; é em si a negação do shinobi...". O que quer que isso signifique, deve o caminhante de fé ter em mente que não nos tornamos o canal de comunicação do Divino Nirvânico para nos apresentarmos em platéias. Apenas os mais altos membros da Hector Hereeye Foundation possuem a autorização para tal. Cabe então, aos nossos valiosos colaboradores, o trabalho perseverante e humilde da busca, incessante, por generosos doadores abonados. Aquele que encontra a fé esotérica oportunista terá a certeza de bons serviços. Nós, "magos", somente palestramos por força do cargo. O valor de US$ 1.500,00 cobrado a cada ouvinte é totalmente revertido para a fundação. Somente assim podemos usufruir, com a conciência tranquila e em paz, dos bons vinhos existentes na adega de nosso chateau. Guerreiros são os caminhos da iluminação.

Em tempo
: Devido à gigantesca crise mundial, que assola os mercados consumidores e financeiros globais, estamos promovendo, em todas as nossas filiais em todos os rincões da humnidade, cursos de curta duração abordando temas importantes para investidores desesperados e incautos despreparados. Empresários do setor não pagam, mediante módica ajuda posterior.

Direto de George Town, Ilhas Caymans: Na imagem acima uma peregrina pratica a fina arte do ninjutsu tântrico, conduzido por este escriba. Após o exaustivo treinamento proferi a palestra "Salvem-se quem puder, uma abordagem agressiva de transferência de ativos entre instituições financeiras e lançamento fiscal cruzado em paraísos fiscais", para 1.500 empresários de todas as partes do mundo. Esta palestra será proferida durante todo o mês de outubro e novembro, dada a quantidade de pedidos de inscrição que recebemos. Juntem-se a nós.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

As Hortifrutis - Enxergando o Fenômeno


Nunca atire pedras nos frutos suculentos pendentes das belas árvores. Descubra o proveito da colheita cautelosa e de uma degustação cuidadosa, de modo a preservar-lhes o sabor.

Jamais condene aquilo que salta aos olhos e pede para ser tocado – no corpo de uma mulher – como se desafiasse você a saber exercer a aproximação e o toque sem surtos.

Meu irmão ou minha irmã, para mero efeito de raciocínio, escolha entre as seguintes opções quanto àquilo que em sua opinião valeria mais:

1) um par de olhos arregalados fitando curvilíneas e estonteantes formas exibidas por um corpo, cuja possuidora o faz desfilar generosamente com intenção meramente profissional para as lentes do fotógrafo ou cinegrafista;

2) um par de olhos de um cirurgião plástico fitando o mesmo fenômeno acima mencionado, mas com finalidade de revisar se algumas próteses de silicone estariam bem firmes no lugar.

A resposta que provavelmente veio à sua mente é que se você não estiver envolvido como sendo o observador nem (você, minha irmã) a observada... anula-se a questão, não é verdade?
Qual é então o peso de uma mulher-hortifruti – em qualquer das alardeadas versões: melancia, melão, abacaxi, pêra, uva, maçã, salada mista – e suas congêneres, no contexto tântrico-dialético defendido pela Hector Hereeye Foundation?


Neste ponto, meu irmão ou minha irmã, um pensamento certamente relampeja em sua mente.

- “A proteína do amor tântrico seria proporcional à fartura de tudo o que “enche os olhos” e até mesmo do que seja abundante ao toque?”

Considere o corpo feminino, em suas curvas que se insinuam com maior ou menor encanto, ou com os seus cheiros realçados pelos aromas de perfumaria e cosméticos.

O poeta não vê a poesia. Ele vê a musa. E é dela que surgem as redondilhas maiores ou menores, que fluem através dele.

Na verdade, o poeta em transe verte sentimentos em versos. A musa não pertence ao ideal do poeta, pois ela pode ser em um instante uma fêmea de fartos e superabundantes atributos e em outro momento ser delgada e sensualmente delicada.
Desta forma, minha irmã, nunca diga: “esta fruta não serei”.



Quanto a você, meu irmão, nós “magos do tantrismo” jamais dizemos: “desta fruta não comerei”.
Nós, do tantrismo esclarecido, sempre nos baseamos em relatos considerados apenas lendas e que traduzem lições. Um exemplo disso é aquele que descreve Doxtus sendo salvo de uma queda livre à beira de um penhasco, tendo escapado por obra do reflexo que o fez dependurar-se agarrando fortemente os seios já flácidos da bela Mizfen e isso fazendo com que escapasse de morte certa.

Também há o relato sobre uma cunhada dessa pioneira do tantrismo, a qual também livrou o guerreiro Doxtus de ser atingido por um soco desferido por um inimigo maior e mais forte no momento em que ela se interpôs entre o punho do agressor e o queixo do cunhado, simplesmente suportando o choque com seus fartos seios.

Portanto, você agora já deve ter compreendido.

Vamos repetir, para uma melhor assimilação, porque você certamente já está percebendo essa verdade sutil.

- “A musa não pertence ao ideal do poeta, pois ela pode ser em um instante uma fêmea de fartos e superabundantes atributos e em outro momento ser delgada e sensualmente delicada”.

Simples assim!

No tantrismo esclarecido, nós somos aqueles que não fazemos perguntas do tipo: “é silicone?”...(!!!)

E não nos guiamos por um padrão que não seja o do desejo, o qual pode vir de qualquer das várias dimensões do prazer. Isso significa que uma peregrina pode estar apta para exercer todo o seu fascínio, tendo adquirido o mestrado ou doutorado em uma de nossas filiais da Hector Hereeye Foundation.

Portanto, de agora por diante, você está preparado (e você, minha irmã, está preparada) para seguir sua jornada com todas as metades da laranja em cada uma das safras que se iniciarem.

Agora, vá e não escolha.

Apenas, colha!

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Tema de hoje: Da luz


Como trilheiro espiritual, vos digo: "A sociedade esotérica enriquece a mente, mas a solidão é a escola do gênio financeiro e arguto recrutador de talentosos doadores". Nos mais isolados rincões da humanidade plantamos nossa semente. A Hector Hereeye Foundation é um grupo de sucesso. Nunca se viu tantas oportunidades como agora, que o mercado financeiro está em pânico. Cabe a cada um dos caminhantes de fé mostrar sua solidariedade nessa hora tão negra. Como lobos solitários devem levar a luz e pregar a harmonia. Os sábios conselhos, determinados pelo concílio esotérico oportunista, devem ser levados aos desesperados investidores do mundo material, e vendidos a peso de ouro 99,99%. Hão de ver que colocar seu dinheiro em ações, fundos de investimento e outros ativos é negócio para gente grande e preparada. Ao livrarem-nos do peso absurdo de sua conta bancária, tornarão os abonados doadores pessoas melhores. Nós, "magos", apesar do pesado investimento em ativos ao redor do mundo, temos muito cuidado com o portfólio. E, como temos liquidez divina, podemos entrar nesse momento de "bacia das almas" e comprar empresas a preço de banana. Em nosso chateau, ao final de mais um dia de árduo trabalho e análise de tendências, bebemos uma taça de nosso robusto vinho francês, aguardando o próximo movimento da balança comercial. Iluminados são os caminhos da iluminação.

Direto de Nova York, Estados Unidos: Na imagem acima investidoras demonstram todo seu alívio depois de uma sessão de tântrismo dialético e conselhos financeiros. Logo em seguida proferi a palestra "Como se livrar de ativos podres ou o mico pode subir para o telhado sem a ajuda esotérico oportunista?" para 15.000 empresários e financistas estadunidenses. Juntem-se a nós.

sábado, 4 de outubro de 2008

A Nudez e a Alma – Amando Sem Crise


Faça do seu corpo sua alma, pois assim conhecerá a aurora dos tempos, e sob o olhar da pessoa amada você estará ressurgindo em novidade que a encantará.

No princípio dos tempos – entenda bem, meu irmão ou minha irmã -, os olhos não se sujeitavam àquilo que viam, estando o homem e a mulher confinados ao instinto de procriação. A Natureza apenas ensinava a lei da sobrevivência, somente restando a intuição humana como modo seguro de algo vir a ser revelado.

Até que o fenômeno natural de um reflexo na superfície das águas límpidas de um rio fez a beleza aparecer pela primeira vez ao casal de humanos que ali saciava sua sede.

Neste ponto, quem lê estas palavras pode estar agora tendo os primeiros lampejos de uma verdade universal perpassando vagamente o seu entendimento.

- “É verdade? Teria sido escondida na profundeza do rio... a tal maçã ?”

Você sempre tem estado em busca daquele misterioso elo representado por um fruto proibido, não é?


Mas, em verdade lhes asseguro, tudo está relacionado com os olhos que contemplaram aquele reflexo e com as ondulações provocadas pelo vento sobre a superfície da água naquele rio.

Mizfen, a primeira mulher a ser refletida naquele espelho natural improvisado, pareceu graciosamente mais bela aos olhos de Doxtus - o seu par, o seu homem. Havia uma sinuosidade que antes não houvera sido notada por ele. E isso foi como se escamas caíssem dos olhos de ambos.

Doxtus acordou do torpor em que havia estado durante quase uma década. O olfato, o paladar, o tato – enfim, os sentidos -, cada um foi renovado em suas impressões sobre o corpo daquela mulher.

Mizfen, a primeira mulher realmente desejada, conheceu o prazer durante muitos sóis e luas, até que Doxtus chegou à exaustão. Felizmente, a Natureza permitiu que por alguns momentos ela aprendesse, com seu próximo ciclo de mênstruos, que algo diferente acontecera entre os dois. Foi o primeiro registro da chamada “pausa necessária”.

O fato é que Doxtus agora havia passado a ser também um ponto de referência para Mizfen no meio natural em que viviam. Ela, a fêmea, já não tinha mais aqueles pesadelos noturnos nos quais outros espécimes machos do reino animal pareciam assumir o lugar do ser par, em violenta possessão sexual.

A aurora dos tempos dos tempos tântricos havia chegado.

Até que veio a quebra de um novo paradigma: as roupas.

Proteger-se das intempéries da Natureza... que nada...!

Mizfen, certa noite, teve em sonhos uma iluminação nova. Enquanto um novo ciclo de mênstruos chegava, para perplexidade de Doxtus, ela pôs em prática o resultado de tudo com que sonhara naquele transe noturno.

As vestes confeccionadas a partir de peles de animais foram trabalhadas de forma sensual, tendo como resultado o início de um jogo de sedução que resultou em uma aventura arrebatadora para o homem Doxtus.

Sabiamente, aquela mulher construiu um emaranhado de laços com as tiras de couro em volta e abaixo da cintura. E, com certos artifícios próprios a uma mulher que se havia descoberto como sendo um objeto de enlevos nunca antes a ela dedicados pelo seu par, teceu regras que conferiam graça e emoção ao jogo de sedução. O emprego de muita criatividade para romper os obstáculos propositalmente criados por Mizfen, a qual acabara de se tornar a primeira peregrina tântrica, fez com que o sexo finalmente tivesse sabor tanto quanto outros prazeres que envolvessem os cinco sentidos e a imaginação.

Doxtus ficou encantado ao perceber que os seus estímulos aplicados ao corpo de sua companheira, uma vez reunidos aos recursos de encantamentos idealizados por ela própria, fizeram com que as formas femininas ressurgissem cada vez mais encantadoras.

Neste ponto, meu irmão ou minha irmã, lendo estas palavras, você provavelmente já descobriu o quanto sua intuição estava certa.

De fato, dessa forma, o Homem – aqui representado por Doxtus - aprendeu o renovo dos ciclos da sedução. Em um futuro não muito distante haveria problemas. Justamente em razão de Doxtus descobrir que outras fêmeas copiavam a sua querida Mizfen, e que elas passaram a seduzi-lo em desafios semelhantes que provocaram enciumadas e sangrentas batalhas entre mulheres e mulheres, muitas das quais preferiram migrar para novos relacionamentos ao perceberem que Mizfen era mais forte e sagaz na descoberta de novos meios para seduzir o seu par.

Incrivelmente, meu irmão ou minha irmã, tudo isso acabou gerando a primeira Guerra dos Sexos no meio dos seres humanos.




Após o estabelecimento dos novos paradigmas, representados pelo trinômio “roupa-sedução-nudez” aplicado ao comportamento sexual, muitas tribos de humanos foram alcançadas por um novo enfoque em diversos continentes. Tanto que no Século MMMV a.C um Conselho de Sábios se reuniu diante do altar de Penka, deusa do gigantismo sexual.

Reza a lenda que Modimis, respeitado sacerdote, era considerado uma espécie de cientista naquele modo rudimentar de entender os mistérios do corpo humano. Teria sido ele o primeiro a relacionar os ciclos lunares à aparição dos mênstruos nas fêmeas.

Pois foi justamente esse sábio sacerdote que pôs em prática uma votação – imaginem isso... um sufrágio!!! - para determinar se Doxtus ou se Mizfen haveria sido o veículo humano pelo qual a deusa Penka havia trazido aquele frenesi (que hoje sabemos ser o prazer tântrico) para dentro do relacionamento entre casais.

Infelizmente, alguns pergaminhos perderam-se e não sabemos até agora como resultou aquela estranha escolha em torno dos “pais do tantrismo”, exceto por alguns sinais de escrita rústica em papiro que dão conta de que houve competições que visavam ao desempate das argumentações, que nos permitem “pintar” quadros imaginários de testes de resistência tântrica, primitivamente cronometrados, em que os casais doxtusianos e mizfenianos procuravam provar quem estaria certo na questão “te tomo/me toma”.

Meu irmão ou minha irmã, repetir nunca é demais.

- Faça do seu corpo sua alma, pois assim conhecerá a aurora dos tempos, e sob o olhar da pessoa amada você estará ressurgindo em novidade que a encantará.

E lembre-se de que as regras básicas para entender o sexo oposto, com seguras orientações para compensar as eventuais desproporcionalidades físicas no momento do “te tomo/me toma”, estão A-B-Ene-Temente fixadas em nosso guia de tantrismo intitulado “Dantismo Tântrico 1080 – O Prazer Ajuizado”.

Agora, vá e desajuíze com moderação.