sábado, 2 de agosto de 2008

Tema de hoje: Da caverna


Como trilheiro espiritual, vos digo: "Se o vento vem de um cofre vazio, isto não aconteceu sem uma razão". Durante minha caminhada esotérica conheci um mestre em meditação dicotômica. Ele passou décadas meditando, sozinho, em uma caverna. Uma vez ao ano ele saia, à entrada de seu local de reclusão, e proferia um ensinamento. No começo, ninguém o ouvia. Mas com o passar do tempo, dezenas, centenas e milhares de peregrinos acorriam, na data, para embriagarem-se com seus profundos pensamentos. No dia que o conheci, ele proferiu uma enigmática palavra: "bigorna", disse simplesmente. Seus olhos pousaram naquele ajuntamento humano e, magnânimo, escolheu-me para compartilhar de seu habitat. A caverna era ricamente decorada e abastecida com o que havia de mais fino na arte gourmet. "Os peregrinos mostraram-se generosos com suas palavras", eu disse. "Não há generosidade e, sim, a justa paga por mostrar, aos que estão na escuridão, a luz no fim do túnel", respondeu. Meu irmão, minha irmã, ao se questionarem sobre o esforço em arrecadar recursos de generosos e abonados doadores ou no valor que tem a aquisição de bólidos esportivos, compra de críticos venais ou adulação de editores gananciosos lembrem-se disso. Nós, "magos", preparamos a iluminação de todos, justo então é desfrutarmos de nosso chateau e dos vinhos franceses que bebemos. Cavernosos são os caminhos da iluminação.

Direto de Brugg, Suíça: Na imagem acima uma peregrina prepara-se para meditar. Ao mesmo tempo proferia a palestra "Os valores humanos e seus cofres dialéticos, uma abordagem dicotômica da riqueza humana", para 1.500 empresários e banqueiros suíços. Juntem-se a nós.

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