A unidade celular do Ser conhecia somente a hemoplegia.
Não havia a fricção, não havia aquilo que hoje conhecemos como “o prazer”.
O ente hemoplégico bastava-se a si mesmo.
Onde havia atmosfera, gases e calor... havia condição de vida, porém a sensação resultante era apenas a de um movimento desordenado - o qual gerava o estado que na poesia nórdica era mencionado no primeiro verso da canção Vernavius Namer Disboiandas, cuja tradução mais próxima seria “isolamento auto-infligido”.
Após milhões de ciclos solares, uma perturbação surgiu na atmosfera pangéica, cujos resultados se fizeram notar nos organismos vivos. Parte disso foi a estranha reação alérgica ao isolamento que mais tarde seria classificada como “surtomicometria”, quando o ente unicelular passou a friccionar-se a si próprio num ritual que lembrava uma serpente dando um nó na extensão do próprio corpo. Essa imagem ficou registrada em várias tradições e lendas antigas, sendo muito comum aquele simbolismo de um ofídio que aparece numa autofagia a partir da própria cauda em movimento circular.
O fato é que essa surtomicometria, comparável a uma coceira, acabou por provocar uma explosão orgânica em um desses entes unicelulares quando expostos acidentalmente à radiação de algumas rochas subterrâneas.
Essa foi a origem da bipolação que, em palavras simples, podemos dizer que significou a divisão daquele ser em macho e fêmea, fenômeno que pode ser considerado uma realidade pelo simples fato de que aquilo que hoje chamamos de sensação de clímax, ou prazer, foi registrado na memória genética dos futuros seres que viriam a povoar o orbe terrestre.
A essa altura, meu irmão ou minha irmã, você pode estar perguntando:
- “e a maçã... onde fica nisso tudo?”
Simples, a maçã ainda na existia. Mas, certamente, ficaria na macieira – onde é o seu lugar.
O fato é que o atavismo da raça humana foi construído providencialmente para um futuro reencontro entre essas duas partes.
Doutrinas religiosas futuramente iriam confundir as mentes desinformadas, para fazer parecer que a surtomicometria seria um caminho para a libertação humana do seu apego à materialidade.
Bem, uma lenda nórdica reza que os deuses ficaram maravilhados ao presenciarem o reencontro das duas metades daquele ser unicelular, depois de uma busca frenética em meio aos turbilhões atmosféricos que os haviam separado por milhares de novos ciclos solares.
Os Céus ficaram encantados, diz a narrativa.
O bailado era frenético, uma energia criativa emanava daquele primeiro reencontro.
Um enrosco acontecia, que as Eras futuras consagrariam em meio às tradições populares (e religiosas também) como: "atracação", "coito" ou "cópula".
A essa altura, meu irmão ou minha irmã, você pode estar perguntando:
- “e o barro... o Homem não veio do barro?”
Simples, pois o barro era o ambiente onde aconteciam os reencontros daquelas amebas epopéicas.
Foi desse rala-e-rola no barro que surgiu a primeira das vestes ou roupas como função de adorno, mas não de vergonha.
Foi justamente quando, após cada volteio desses ancestrais na lama, muitas marcas sinuosas ficavam nos corpos de ambos. Isso dava uma impressão de que tudo por baixo daquela película estaria misteriosamente acomodado e apertadinho aos olhos de um e do outro de cada um desses primeiros “casais”. E o curioso é que certas marquinhas de barro às vezes acabavam por modelar e marcar mais interessantemente em um deles do que no outro.
A essa altura, meu irmão ou minha irmã, você pode estar perguntando:
- “e o primeiro casal... não eram opostos – homem e mulher?”
Simples, pois os primeiros seres já começavam a desenvolver inteligência e imaginação. Isso fez com que muitos acabassem por assimilar aquelas marquinhas em padrões semelhantes para alguns grupos conforme eclodiam novas radiações planetárias, vindo a se criarem padrões oportunisticamente influenciados pelo medo de recaírem na autofagia já mencionada anteriormente.
A essa altura, meu irmão ou minha irmã, você pode estar perguntando:
- “e daí... o que eu vou fazer com esse conhecimento?”
Simples: se você ainda não aprendeu a lição, vai acabar como diz aquele título da antiga canção nórdica:
- “Vernavius Namer Disboiandas”
Agora, vá e não seja mais uma primitiva ameba epopéica.
- “e a maçã... onde fica nisso tudo?”
Simples, a maçã ainda na existia. Mas, certamente, ficaria na macieira – onde é o seu lugar.
O fato é que o atavismo da raça humana foi construído providencialmente para um futuro reencontro entre essas duas partes.
Doutrinas religiosas futuramente iriam confundir as mentes desinformadas, para fazer parecer que a surtomicometria seria um caminho para a libertação humana do seu apego à materialidade.
Bem, uma lenda nórdica reza que os deuses ficaram maravilhados ao presenciarem o reencontro das duas metades daquele ser unicelular, depois de uma busca frenética em meio aos turbilhões atmosféricos que os haviam separado por milhares de novos ciclos solares.
Os Céus ficaram encantados, diz a narrativa.
O bailado era frenético, uma energia criativa emanava daquele primeiro reencontro.
Um enrosco acontecia, que as Eras futuras consagrariam em meio às tradições populares (e religiosas também) como: "atracação", "coito" ou "cópula".
A essa altura, meu irmão ou minha irmã, você pode estar perguntando:
- “e o barro... o Homem não veio do barro?”
Simples, pois o barro era o ambiente onde aconteciam os reencontros daquelas amebas epopéicas.
Foi desse rala-e-rola no barro que surgiu a primeira das vestes ou roupas como função de adorno, mas não de vergonha.
Foi justamente quando, após cada volteio desses ancestrais na lama, muitas marcas sinuosas ficavam nos corpos de ambos. Isso dava uma impressão de que tudo por baixo daquela película estaria misteriosamente acomodado e apertadinho aos olhos de um e do outro de cada um desses primeiros “casais”. E o curioso é que certas marquinhas de barro às vezes acabavam por modelar e marcar mais interessantemente em um deles do que no outro.
A essa altura, meu irmão ou minha irmã, você pode estar perguntando:
- “e o primeiro casal... não eram opostos – homem e mulher?”
Simples, pois os primeiros seres já começavam a desenvolver inteligência e imaginação. Isso fez com que muitos acabassem por assimilar aquelas marquinhas em padrões semelhantes para alguns grupos conforme eclodiam novas radiações planetárias, vindo a se criarem padrões oportunisticamente influenciados pelo medo de recaírem na autofagia já mencionada anteriormente.
A essa altura, meu irmão ou minha irmã, você pode estar perguntando:
- “e daí... o que eu vou fazer com esse conhecimento?”
Simples: se você ainda não aprendeu a lição, vai acabar como diz aquele título da antiga canção nórdica:
- “Vernavius Namer Disboiandas”
Agora, vá e não seja mais uma primitiva ameba epopéica.
Ame.
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