segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Tema de hoje: A ilusão do não-ser e do não-ter

Como trilheiro espiritual, vos digo: “O desespero da sede, no deserto, faz copo de mijo parecer água”. Originalmente atribuída à Ghandi, este profundo pensamento cármico dicotômico tem profundas raízes no budismo oriental, praticado nos altos picos dos montes nevados de Aspen. Em minhas peregrinações, quando ainda me orientava pelo mundo esotérico oportunista, tive íntimo contato com as monjas guardiãs dos segredos desta linha obscura do budismo mundial. Praticavam o absenteísmo das coisas mundanas como, por exemplo, a posse de carros importados ou grandes somas em espécie. Mas para tal precisavam o contato físico para negar sua existência. Entre as paredes do monastério existiam vários modelos de bólidos esportivos produzidos pela Ferrari, Lamborghini e Maserati. Além de maços e maços de dólares americanos. Passei uma semana sob a tutela de uma monja que me ensiou as virtudes do não-ter. Colocaram-me em tentação disponibilizando uma Ferrari F550, algumas malas com maços de dólares e a própria monja desnuda. Confesso que falhei miseravelmente nos testes. Em meu chateau, bebericando um cálice de primoroso vinho francês, relembro daqueles momentos, saudoso. Ilusionários são os caminhos da iluminação.



Direto de Kuala-Lumpur, Malásia: Na imagem ao lado retrato a monja que foi minha tutora no mosteiro em Aspen, enquanto estava aprendendo as sábias lições do não-ter. Destas lições nasceu minha palestra “A dicotomia tântrica dialética do não-ter e do não-ser. Uma abordagem holística”, que deverá correr o mundo e feito sob medida para um público-alvo seleto.

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