sábado, 8 de setembro de 2007

Tema de hoje: Olhando o outro lado


Como trilheiro espiritual, vos digo: “o pior cego é aquele que não quer ver”. Certa vez, no caminho Ao-Shu-man, hospedei-me no mosteiro das monjas Su-Lang-bao. Durante o lauto jantar ouvi a estória que passo a relatar: Uma vez o pequeno Lu-Bao-shuai caminhava em companhia do grande sábio Kong-Meng-shi. A certa altura, encontraram um grupo de monges-dançarinos Feng-Tan-rou. Ensaiavam um novo número com o qual arrecadavam vastos recursos financeiros e conseguiam informações privilegiadas para futuro uso. O pequeno Lu desdenhou do fato de que monges perdiam tempo com tais misteres. O grande sábio respondeu, “ora pequeno gafanhoto, já imaginou o quanto seria chato se somente houvesse uma única forma de conseguir dinheiro?”. O pequeno Lu engoliu sua argumentação e aprendeu que no mundo esotérico oportunista deve-se ter variadas maneiras de atingir o objetivo maior, a perpetuação da doutrina nirvânica e estabilidade nas contas dos balancetes. Meu irmão, minha irmã, pense duas vezes quando deparar-se com algo inusitado, pode ser um atalho para a aquisição de seu bólido esportivo ou aquele cruzeiro pelo Caribe. Nós, “magos”, empenhamos esforços contínuos, através da compra de críticos venais e adulação de editores gananciosos, para a perpetuação do nosso chateau e dos seculares vinhos franceses que admiramos. Visionários e flexibilizados são os caminhos da iluminação.

Direto de Debrecen, Hungria: A imagem acima é de uma peregrina utilizando uma técnica tântrica para arrecadação de recursos. Neste local proferi a palestra “As diversas facetas dialéticas, uma abordagem agressiva e educativa sobre as diversas formas divinas de se conseguir recursos dicotômicos”, que proferi para 1.500 empresários húngaros. Aos que desejam ter seu blog linkado, nessa casa espiritual, se manifestem. É de graça. Consultas oraculares podem ser enviadas por e-mail para heitorcaolho@gmail.com ou deixadas nos comentários.

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